Vivemos numa era de estímulos constantes — telas, ansiedade, carência emocional, dopamina fácil ao alcance de um clique.
Nesse cenário, a masturbação — que é algo natural e saudável quando equilibrada — muitas vezes se torna uma válvula de escape repetitiva e inconsciente.
Este artigo não é sobre repressão.
É sobre consciência.
Sobre entender como o excesso pode impactar seu corpo, sua mente, sua energia — e até sua capacidade de se relacionar de forma verdadeira.
O que acontece com o cérebro?
Neurocientificamente, o ciclo de masturbação frequente, principalmente aliado a estímulos intensos (como pornografia), ativa repetidamente o sistema de recompensa cerebral.
Isso cria um circuito vicioso de dopamina:
prazer rápido → alívio → vazio → repetição.
O problema é que o cérebro se adapta.
Com o tempo, é preciso mais estímulo para sentir o mesmo prazer. Isso gera:
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Ansiedade
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Falta de motivação
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Irritabilidade
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Dificuldade de concentração
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Redução da sensibilidade emocional
Esse vício comportamental pode parecer “inofensivo”, mas sabota a produtividade, o foco, a libido real e a presença no aqui e agora.
Energia Vital em Desequilíbrio
Segundo a bioenergética (Lowen e Reich), a energia sexual é uma força criativa vital.
Quando usada apenas para alívio momentâneo, sem consciência, ela estagna e se concentra em centros inferiores, bloqueando o fluxo energético natural do corpo.
É como se a energia deixasse de circular e ficasse parada — gerando:
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Cansaço crônico
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Dores lombares ou pélvicas
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Irritação emocional sem causa aparente
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Desconexão entre desejo e afeto
Isso interfere diretamente na sua capacidade de se expressar, criar, se relacionar e se posicionar no mundo.
Jung e o Poder da Libido Mal Integrada
Carl Jung via a libido como uma energia psíquica criativa, que precisa ser canalizada para objetivos maiores — criação, transformação, espiritualidade.
Quando essa energia não encontra expressão construtiva, ela se regressa e se transforma em sintomas: vícios, comportamentos compulsivos, ansiedade, melancolia, frustração crônica.
Segundo Jung:
“O que você reprime ou evita, não desaparece — se manifesta de outras formas, e muitas vezes contra você.”
Masturbação em Excesso Não é Sobre Desejo — é Sobre Fuga
A repetição compulsiva quase nunca tem a ver com prazer verdadeiro.
Tem mais a ver com preencher vazios emocionais: tédio, estresse, falta de conexão, ausência de propósito, carência afetiva.
O problema é que esse alívio momentâneo cobra um preço alto.
Ao longo do tempo, a masturbação compulsiva:
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Dificulta conexões reais
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Prejudica a autoestima
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Reduz a espontaneidade
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Fragmenta o vínculo entre corpo, emoção e espírito
E Sim — Quem Está Presente Sente Sua Ausência
Embora não seja o foco deste artigo, vale reforçar: energia sexual desregulada é percebida.
Pessoas sensíveis (e principalmente mulheres) muitas vezes captam isso de forma intuitiva.
Não pelo que você diz — mas pelo campo vibracional que você emite: denso, desconectado, carente, ou invasivo.
Sua energia sempre chega primeiro que sua fala.
De Fuga para Presença: Caminhos de Transmutação
A proposta aqui não é parar de se masturbar.
É reconhecer quando o prazer virou anestesia.
E redirecionar essa energia para algo mais criativo, conectado, transformador.
Caminhos possíveis:
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Práticas de respiração consciente e meditação
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Exercícios físicos com atenção plena
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Caminhadas em silêncio
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Escrita, música, arte
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Contato com a natureza e espaços que elevam a vibração
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Relações com propósito
A Energia Que Você Cultiva é a Presença Que Você Entrega
Na Soulmar, acreditamos que a vida pede consciência.
Que sua energia é sagrada — e que o modo como você se cuida afeta todos os encontros que você vive.
Se você sente que é hora de reconectar corpo, mente e alma,
de encontrar espaços onde a sua energia possa ser vivida com mais verdade…
A gente te espera por aqui.
Com música boa, ambiente de cura e experiências que tocam além da superfície.
“O que você não transforma, você repete.” — Carl Jung
Transmute. Respire. Recomece.